quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Teatro dos vampiros


Hoje me peguei cantando uma canção:
"sempre precisei de um pouco de atenção, acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto..." automaticamente meu cérebro me tele transportou no tempo. E de repente eu era uma adolescente, sonhadora, insegura, espontânea e perdidamente apaixonada por um cara, que era meu melhor amigo e que adorava ouvir Legião Urbana.
A primeira vez que ouvi essa música, eu nem prestei muito atenção na letra, mas eu gostei de ver ele cantando todo empolgado. Éramos  jovens, tínhamos tantas dúvidas sobre o futuro, sentíamos medo de um dia a vida nos afastar, não queríamos estragar nossa amizade, e nem imaginávamos que isso ia acontecer de um jeito ou de outro. E isso tudo aconteceu  há dez anos atrás.
"Você me veio como um sonho bom..." que depois se tornou um pesadelo, mas não me arrependo de ter sonhado. Sua amizade, sua loucura, nossa paixão, fez parte de quem sou, de quem me tornei. Eu queria ser perfeita, eu queria agradar a todo mundo, eu seguia todas as regras que colocavam em mim, e nesta fase da minha vida, você me fez ver a vida de outra maneira. Quebrei regras, menti, escondi pra onde eu estava indo, não me importei em te mostrar meu defeitos, não me importei se iam falar mal de mim. Resolvemos nos afastar, tentar viver nossas vidas longe um do outro, e fomos viver outras histórias. Tempos depois nos reencontramos e aquele sentimento do passado começou a surgir novamente. e então eu fiz a "maior loucura da minha vida", assim me disse meu ex namorado. Eu fui contra tudo e contra todos, não ouvir minha razão que dizia: vai dá merda. Eu me deixei levar por uma vontade enorme de viver o que não pude no passado. E a gente finalmente tínhamos conseguido nosso final feliz, que durou 1 ano de amor e 6 meses de desentendimento, e que não teve um final muito amigável. aprendi que nem todos os amores duram pra sempre, mas fizemos história, fomos páginas importantes da vida um do outro. O que vivemos, a intensidade de como tudo aconteceu, só nós sabemos, e nem que tentássemos, não conseguiríamos explicar. E tentar resumir seria injusto. Por isso é melhor deixar ela guardada apenas na lembrança, guardada com carinho. Não temos mais fotos, não tenho mais  velhos diários, mas já aceitei que não tenho como apagar da memória o que vivemos, e hoje eu nem quero mais me desfazer dela. Pois aquela adolescente sonhadora e apaixonada, faz parte da mulher que me tornei tanto quanto a criança que um dia eu fui. E espero sinceramente que seja assim pra você também, sem mágoas ou arrependimentos, apenas gratidão por termos vivido tudo que vivemos, mesmo que tenha tido partes ruins. Somos melhores hoje, aprendemos com nossos erros.

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