quarta-feira, 22 de junho de 2011

Metamorfose

De acordo com a leitura de um livro de Rubens Alves que fiz a algum tempo resolvi falar sobre essa bonita transformação.

olhando o mistério de ver um simples casulo se transformar como mágica em uma linda criatura como a borboleta, pude refleti um pouco sobre a transformação que todos nós passamos ao longo da vida. 
Notemos que ao se transforma a borboleta segue seu novo destino de voar à procura de flores. 
Antes o mundo da lagarta não era maior que a folha que comia, o seu universo era o jardim. Agora como borboleta ela iria flutuando ao vento, por espaços que uma lagarta não podia sonhar.
Sinto que somos assim também, a cada dia vejo nossas asas crescerem: novos desenhos, novas cores, vôos cada vez mais distantes.
Nosso corpo é construído de palavras. As palavras vão nos transformando. É nelas que moram as coisas que não podem ser tocadas: os sonhos e os pensamentos que nos fazem voar.
O nosso corpo é um espaço infinito onde cabem todos os universos. Quanto mais ricos forem esses universos, maiores serão os vôos da borboleta, maior será o fascínio, maior será o número de melodias que saberá tocar, maior será a possibilidade de amar, maior será a felicidade.
É triste saber que muitas vezes em nossas vidas acontece uma metamorfose ao contrário, onde as borboletas voltam ao casulo e se transformam em lagartas. Porque voar é fascinante, mas perigoso. e é mais seguro viver agarrado à folha que se come.
É preciso que não se tenha medo de flutuar sobre o vazio com asas frágeis.
Será que talvez por medo nós abandonamos as asas e não sejamos mais capazes de voar e sonhar?
voltamos a ser gordas lagartas que não têm coragem de se desprender das seguras folhas onde rastejam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário